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Lançamento do livro “Vagabundo sem nome”!

Dando mais uma amostra de vasta influência cultural deste blog e do profundo esforço intelectual dos autores do mesmo, o nosso querido Agostinho Rodrigues Torres (vulgo Agrt) lançou no última dia 16 (estamos no mês de setembro do ano de 2011, caso esteja acessando este blog após o fim do mundo em 2012) o seu romance “Vagabundo sem nome” e posto abaixo dois vídeos dele comentando sobre o que fala sua obra e do processo para escrevê-la.

Parte 1

Parte 2

Parabéns e ficamos na espera de quando vai vender pro país todo, né?

PS: Agradecimentos especiais ao Vinícius pela filmagem!!

Fator Caos: Mitologia Escandinava

(OBS: SE VOCÊ É UM DESCENDENTE DE GERMÂNICO QUE QUER PRESERVAR A PORRA DA SUA CULTURA A TODO CUSTO E GOSTA DE SOCAR QUEM “DISTORCE” A MITOLOGIA DOS SEUS ANCESTRAIS, NÃO LEIA ESSA BOSTA – coloquei esse aviso porque durante 6 anos de webz, já tive muito conflito com neo-nazistas e descendentes de germânicos que não aceitam que alguém “impuro” toque a sua “cultura imponente”)

Como aqui no Brasil a grande maioria das nossas referências culturais – começando pela língua portuguesa – é proveniente do mundo Greco-Romano, fica parcialmente mais fácil entendermos a mitologia grega. De “Khaos”, veio a nossa grafia de Caos, e etc. No caso da mitologia que desejo discutir hoje, a escandinava, a coisa fica mais complicada. Palavras como “Ginnungagap”, “Ymir” e “Audhumla”, não querem nos dizer nada, mas os nomes em mitologias são sempre a base que sustenta toda a narrativa. Ele por si só já apresenta o personagem e sua função no cosmos. Eu mesmo, como não tenho tanta facilidade com línguas do tronco germânico não posso nem supor a etimologia dessas palavras, no entanto podemos analisar o contexto geral em que essas entidades aparecem e ponderarmos sobre sua função no universo mitológico!

A mitologia escandinava é muito confusa. Como não chegaram relatos em si, escrito pela própria civilização pré-cristã, o que temos são apanhados confusos que serviram como tentativa cristã de preservar uma tradição já quase perdida de diversas comunidades germânicas, em plena Idade Média.

Não nos é explicado exatamente como as coisas aconteceram, mas de alguma forma, existiam apenas dois territórios: o do fogo e o do gelo. Sem vida, sem nada. Apenas frio, calor, lava e neve. No meio dessas duas coisas existia o Ginnungagap, o vazio que precede tudo, algo como o CAOS grego primordial. Esse vazio é uma espécie de zona de confusão, é onde o fogo e o gelo se encontram; onde o frio se entrelaça com o calor; choque térmico; zona anárquica; confusão; nada. Desse incessante conflito entre o gelado e o quente, dessa roda cósmica de sensações térmicas sucedâneas girando entre a lava vulcânica e a neve primordial, surgiu a primeira coisa viva. O gigante chamado Ymir! A vida surgiu do Caos que ocorria na zona anárquica do Ginnungagap. Sem o silêncio, não existiria o som. Da mesma maneira, sem o nada, nada existiria. A não-existência precede a existência, assim como Ginnungagap precede Ymir.

Das partes superiores de Ymir surgiu o primeiro casal de forma humanóide, das inferiores nasceram os gigantes de gelo. Provavelmente brotada da mesma forma que Ymir, existia uma espécie de vaca chamada Audhumla, que alimentava o grande gigante primordial. Essa vaca lambendo o gelo do território frio, fez nascer outro tipo de humanóide, chamado Buri. Que teve um filho – provavelmente com a criatura feminina humanóide surgida das partes superiores de Ymir – chamado Bor e consequentemente teve três filhos: Odin, Vili e Vê.

Essas três criaturas juntas conseguiram através de um embate feroz, derrotar o gigante de gelo primordial Ymir. Do sangue derramado pela criatura primordial falecida, quase toda a raça dos gigantes de gelo se afogou, sobrevivendo apenas o gigante Bergelmir. O mundo tal como conhecemos, surgiu através da morte de Ymir! Seu sangue se transformou na água, sua carne na terra, seus ossos nas pedras e nas montanhas e da cabeça surgiu o céu (com 4 anões, um em cada canto, para mantê-lo fixo). Os anões nasceram como vermes através de uma geração espontânea na terra (que na verdade é a carne de Ymir), eram criaturas com uma proximidade tão grande com esse elemento que manipulavam de maneira magnífica qualquer mineral, se tornando desta maneira ótimos artesões! Já os seres humanos comuns, os habitantes de Midgard (nosso mundo humano), foram forjados em toras de madeira encontradas numa zona litorânea pelas três criaturas humanóides que derrotaram Ymir. Essas três entidades se auto-denominaram deuses.

Bem, daí a mitologia se desenvolve, explicando a criação dos 9 mundos habitados por criaturas diferentes: elfos, elfos escuros, gigantes de gelo, gigantes comuns, humanos, deuses, anões, trolls etc. etc. etc. Mas o que nos interessa no Fator Caos é mais a gênese das coisas. Nesse processo de criação de tudo fica evidente alguns traços que na verdade são cíclicos: do nada surge a vida primordial estabelecendo uma ordem (Ymir surgiu do Ginnungagap), que é superada por uma nova forma de vida (Ymir foi morto por Odin, Vili e Vê) e por último se estabelece uma nova ordem (os três deuses recriando o cosmos e dividindo em 9 mundos). É algo cíclico, assim como Zeus seria derrotado, segundo uma profecia, por Athena, na mitologia escandinava existe o Ragnarok.

O Ragnarok é o fim da velha ordem, a roda cósmica girando e dando espaço para uma nova forma de organização. É a instauração momentânea da anarquia, única coisa capaz de derrubar a velha ordem e recriar tudo. Os deuses são derrotados pelos seus inimigos principais, algo que estava escrito na sua orlog (algo como destino, melhor, tábua que as Nornas escrevem com aquilo que vai acontecer na vida das criaturas vivas desde que nascem, nem os deuses podem superá-la). Algumas coisas da velha ordem vão ficar… claro, mas uma novidade necessária vai emergir. Do CAOS surgirá a vida, como sempre acontece.

O deus Loki tem uma semelhança arquetípica imensa com Judas. Claro que o sentido é um tanto diferente, são até ramificações culturais diferentes entre hebraicos e gemânicos (ou é tudo indo-europeu? Sei lá, não lembro), Loki não tem nada de “diabólico”, exatamente como a igreja do período medieval gostava de pintar. Porém, Loki é o mal necessário, ou melhor, o mal não maniqueísta, do conflito (que é harmonia) entre o bem e o mal surge a vida! A mudança! Da contradição, do choque entre o ruim e o bom, dois lados, duas facções, mas não necessariamente oposições radicais! Uma harmonia de dissonância! Loki é o líder do exército de criaturas que vai enfrentar os deuses do panteão de Odin, ele vai convocar cada uma das criaturas que estão fadadas a derrotar os deuses. Ele é essencial para que o destino fixado além dos deuses se realize… algo como Judas, não? Acho Loki o mais dócil dos deuses escandinavo, mais próximo da zombataria do que da perversidade. Infantilidade e maldade. Pureza e malicia. Loki e Judas.

Nesse conflito caótico, as duas forças vão se anular, se destruir, emergindo um novo mundo das cinzas desse cosmos destruído. Caos é uma harmonia sensivelmente diferente, é uma ordem que está fora da razão, e que é mutável, por tanto, ordem desordenada. O Caos, meus amigos, está em TUDO. Basta apurar o olhar, que você encontra.

(PRÓXIMO EPISÓDIO: NÃO SEI AINDA QUE PORRA DE MITOLOGIA, ALGUMA COISA HINDU TALVEZ)

Nerdeteco – Parte II – Festa estranha com gente esquisita

(AVISO: por razões de segurança nacional, pessoal e sexual, os envolvidos nesta balbúrdia não terão seus nomes citados, mas para saber quem estava lá, leia a primeira parte deste post. Pra saber quem fez o que, some dois e dois, seu merda!)

Três marmanjos disputando entre si quem primeiro conseguiria sair com uma garçonete linda e aparentemente lesada de sono por emendar dois dias de trabalho seguidos. Garçonete esta que momento antes estava em uma pegação irada com uma menina que saiu mais cedo do bar cizendo que ia encontrar um povo e voltar mais tarde. Obviamente não voltou.

Um segurança volta para o salão principal irritado com um casal que estava um tanto quando empolgado em sua pegação no canto da pista dança, que estava vazia. “Porra, vão pra um motel, caralho!” esbraveja o sujeito ao passar pela nossa mesa.

As cervejas eram pedidas de seis em seis e se alguém vacilasse para encher seu copo corria o risco de só enchê-lo na próxima rodada.

“Não sou maconheiro, sou Cannabisólogo”, diz um rapaz em frente ao bar, partilhando sua sabedoria e sua brisa com pelo menos mais seis integrantes da trupe.

Qualquer que entrasse naquele bar da Rua Augusta diria qualquer coisa, menos que esse era um encontro de nerds batizado de Nerdeteco. Mas ali havia jogadores de RPG e videogame, fãs de HQs, otakus. Ao adentrarem no bar e ver uma enorme mesa onde cabiam pelo menos 20 pessoas, a primeira pergunta foi: “Quem vai mestrar?”. Houve discussões, sobre quadrinhos, Gundams, twittosfera e blogosfera, Pokémon e um monte de piadas que só quem estava na mesa acharia engraçado.

Mas também teve cigarro, cerveja, charuto, conhaque, cannabis, pegação, vodka e até romance, acreditam? Eu realmente gostaria de contar para vocês tudo de forma mais linear, mas o excesso de químicas diversas em meu corpo antes, durante e depois do evento me impede de fazê-lo, mas basta saber que:

– Um dos três marmanjos conseguiu seu intento;

– Um pessoal chegou depois sóbrio, mas foram embora dado o nível geral de degradação alcoólica dos presentes;

– Lá pela alta madrugada uma outra galera nos encontrou no bar e muita coisa aconteceu, com direito inclusive a uma simulação de cena de sexo homossexual entre um ator pornô e um dos presentes;

A partir daí tudo fica mais confuso ainda. Sei que dormi em um canto da mesa, acordei, paguei a conta e tentei acompanhar o povo subindo a Augusta. Mas esse povo sumiu e só restou eu e a Mima. Entramos no metrô, dormimos e acordamos magicamente na estação Guilhermina-Esperança, o que nos obrigou a mudar de vagão e de sentido para poder ir pra casa.

E não contentes em realizar essa esbórnia toda, a maior parte desse povo vai se reunir novamente para mais uma edição do Nerdeteco! Para saber mais, basta fazer uma busca na hashtag #Nerdeteco no Twitter. Mas estejam avisados que tudo pode acontecer…


Brainstorm – O Retorno

Era para ser mais um post sobre política, mas…

Mas…

Apertei um baseado nervoso e nesse momento estou cercado por elementos diversos. Quase tudo ao redor lembra Quentin Tarantino. Kill Bill Vol. 1 em cima da impressora. Trilhas Sonoras de “Um Drink no Inferno” e “Pulp Fiction”…

PAUSA PARA OS NERDS: Sim, eu sei que um “Drink no Inferno” não é dele. Enfiem seus sabres de luz no lado negro da suas pélvis.

Por isso mesmo pensei em ouvir a trilha sonora de “Pulp Fiction”, mas não sei por que  acabei pegando a do “Drink no Inferno”, de modo que ZZ Top canta aos meus ouvidos.

(…)

Eu sou tão clichê que aperto um fino e fico tuitando sobre o Tarantino. Pior ainda, ao lado dos CDs está “On The Road”, edição bolso. Putaqueopariu. É uma porra de clichê de “nerd cool”. Vai se foder.

Preciso achar aqui perto algum objeto que me tire disso. Um livro de “Vampiro: A Máscara” no banquinho ao lado. Fodeu. No outro lado uma pilha de TPs da Vertigo. Porra… Acho meu bonequinho do Aquaman que peguei no Bob´s. Mas lembro que não é um bonequinho. É UM MALDITO TOY ART! Piorando cada vez mais.

Melhor ir para mais longe. Deve haver. TEM QUE HAVER ALGO!

O mural. Não, lá tem aquela imagem do Tyler Durden

Espera.

Para.

Foco.

Só está vendo o que quer. Acalme-se. Ia citar um assunto muito mais interessante que essa busca, mesmo…

HAHAHAHAHAHAHAH!!

Desculpem, fui dar uma zoada básica com um presidenciável, Aquela zoada marota, moleque, quando ainda não era trollagem, saca?

Mas foda-se. Eu tava era pensando no cuzão do Alan Moore. Cuzão no bom sentido. Porra o cara diz que fuma haxixe pra caralho todo dia e faz aquilo que faz. Olhem essa porra de texto. Não tem nada. Ele fez as obras que fez. É… Meu estado não me permite dissertar mais profundamente sobre isso, mas o fracasso destas palavras apenas demonstra o quanto o cara é bom.

Pensamentos aleatórios rápidos demais para a mente consciente acessá-los e sequer ter um vislumbre do turbilhão multidimensional que passou, mas ao final dele me pego me sentindo mais forte e sorrindo. Ah, meus demônios interiores, havia tempo, não?

A luz ao meu redor assume um tom amarelado e depois vermelho. A bateria não para, a letra se repete e repete… É uma boa cena de filme, mas nada supera a Satanicum Pandemonium dançando com a cobra.

Vivo dizendo que caso com a guria que fizer comigo aquele lance do pé. Como podem ver, ainda não casei…

Mas é isso aí. Acho que vou me redimir um pouco desse momento jogando Tibia.

EAC

Nudez luz de velas Jim Morrison the end imobilização.

Então vem a caverna. Você está no meio dela, como se fosse em um poço. Existem pessoas cobertas com mantos te observando, mas você não consegue vê-las. Aí que ela aparece. Vestida com trajes egípcios, caminha em sua direção, pára na sua frente e olha diretamente nos seus olhos. Ela se aproxima mais, e mais, e mais até um ponto em que ela entra na sua cabeça.

45 minutos.

Nudez luz de velas maconha Jim Morrison the end imobilização.

Você sai do corpo, olha para baixo e se vê nu, meditando em cima da cama.

30 minutos

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