Autor do arquivo: Alessio Esteves

Professor. Jornalista. Escritor. Anarquista. Magista. Chefe. Tecnocrata. Apaixonado. Nerd. Subtroll classe UFOPORNO geração Y. FNORD.

E fim de papo!

Certas coisas são marcantes em nossas vidas por lembramos de cada detalhe delas: aquele fora da menina por quem você era apaixonado na quinta série; o melhor cachorro-quente que você comeu na sua vida no Playcenter após ter passado fome por ter esquecido dinheiro em casa; três playboys te chutando no meio da rua após ter dado uma resposta inteligente a uma zoeira deles… Creio que já me fiz entender. Mas também existem eventos que são inesquecíveis justamente por não termos a mínima ideia de como eles aconteceram! E o NerDevils é um deles.

Quando perguntam para nós como surgiu o blog, a “versão oficial” é de que os nove membros iniciais do blog se conheceram em uma das campanhas “#PublicaINVISIBLES” no Twitter, viram que tinham gostos em comum e resolveram montar um blog coletivo. Isso é parte de verdade. A única coisa que sabíamos uns sobre os outros ao resolver abraçar a ideia era a de éramos nerds e estávamos a fim de escrever sem QUALQUER TIPO DE AMARRA. O resto foi pura sincronicidade. Não tenho a menor ideia de como os nove membros iniciais do blog vieram parar na minha timeline. E, caso pergunte a eles onde se conheceram a resposta não será muito diferente desta.

E assim, de impulso mesmo, foi decidido um nome, feito um logotipo, criadas contas para todos e saímos postando. Falamos de comportamento, música, HQ, política, mangá, anime. Postamos crônicas, tirinhas e diarréias mentais. E fomos percebendo que havia um fio condutor que nos ligava. Anarquia. Ocultismo. Caos. Detalhes destes três itens podem ser encontrados em praticamente todos os textos. E claro que isso nos impulsionou para escrever mais e mais. Todos os que estavam no blog tinham outros projetos mais “sérios” ou “comerciais”, mas o NerDevils era um espaço em que podíamos fazer o que bem entendíamos.

O blog nunca foi um campeão de visualizações, mas tinha um público fiel. Produziu ótimos textos, foi objeto de estudo, fez parcerias com editoras e até baladas. Mais do que isso, gerou profundas mudanças na vida de muitos envolvidos nele. Alguns que estavam aqui começaram a escrever em blogs maiores, outros arrumaram trabalho devido a contatos feitos por aqui (seja fixo ou free-lancer). Um pouco do NerDevils está em todos estes lugares.

Com tudo isso, percebemos que este espaço virtual cumpriu seu papel, que foi ser o “start” para um monte de outros projetos dos envolvidos aqui. E, tendo já feito o que tinha que fazer, nada mais justo do que dar um fim digno a ele. Não queríamos deixar o blog abandonado, achando que ele vai voltar à ativa um dia. Aqui, 1 ano e 8 meses depois, com 202 posts e 889 comentários, os colaboradores do NerDevils fecham as portas para alçar voos maiores que só a experiência obtida aqui pode proporcionar.

O blog permanecerá no ar para que os incautos ainda possam ler as garatujas redigidas aqui, mas textos novos do povo daqui podem ser lidos nos blogs Mobground, Contraversão e Sai Daqui!.

Fica aqui o muito obrigado à equipe formada por Roberto “Synthzoid” Maia, Filipe “Voz do Além” Siqueira, Agostinho “Agrt” Torres, Amanda Armelim, Rafael Dadalto, Aline Cavalcante, Danieli Dagnoni e também aos colaboradores Alan “Gafanhoto” Lima, Dan Erik, Eder Alex e Raphael Evangelista.

Nos encontramos por aí neste vasto mundo virtual. Mais do que um fim, este é um novo começo!

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Um cidadão contra a má-administração do Transporte Público – Parte I

São Paulo é uma cidade ingrata aos fins de semana com quem não possui carro. Qualquer programação sua tem que ser estendida de três a quatro horas devido ao tempo perdido esperando ônibus (para quem vai de metrô, o drama é um pouco menor). Os coletivos demoram tanto para passar que quando passam muitas vezes ficam tão lotados quanto estariam em dias de semana em horários de pico.

Será que o número de passageiros aos fins de semana cai tanto assim para justificar eu esperar o dobro do tempo para pegar um ônibus igualmente lotado? E quem trabalha aos finais de semana e tem horários a cumprir, como fica? Para sair de um plano geral e pegar um exemplo prático, vou usar uma situação que eu passo como exemplo.

Moro próximo ao Metrô Belém e minha namorada mora no Parque São Rafael. A opção mais fácil para visitá-la seria pegar a linha “372R-10: Metrô Belém – Parque São Rafael”. Acontece que este ônibus demora tanto aos fins de semana que às vezes compensa mais pega o metrô até a Estação Brás, fazer baldeação até o trem, descer na Estação Santo André e pegar um ônibus até a casa dela. Percebem o absurdo disso? É comum eu mais ficar meia hora esperando o coletivo. Até para fim de semana, considero este tempo de espera muito grande.

Pois bem, ontem, 26 de janeiro de 2012 (domingo), saí da casa da minha namorada e cheguei no ponto de ônibus às 21h51 para pegar o coletivo e ir para casa após um dia agradável. Somente às 23h45 (não, você não viu errado) um motorista desta linha indo guardar seu veículo na garagem resolver dar carona para quem estava no ponto até o Terminal São Mateus. Fiquei praticamente DUAS HORAS esperando o maldito ônibus aparecer e nada.

Depois de pegar um ônibus de outra linha, resolvi ligar para a prefeitura através do 156 e registrar uma reclamação. Para quem não sabe, este número serve para qualquer assunto envolvendo a prefeitura de São Paulo e é gratuito. Pode ligar até de seu celular que não cobra nada. Liguei achando que só falaria com aquela atendente eletrônica, mas para minha surpresa existem atendentes de plantão 24 horas.

Expus o ocorrido para o atendente e eis que descubro que, pelo sistema deles, um veículo sai do ponto inicial às 22h. Os próximos saem às 22h20 e 22h40 e o último sai às 23h.  QUATRO VEÍCULOS DEVERIAM TER PASSADO E NENHUM PASSOU. Pelos horários deste sistema, a cada 20 minutos deveria passa um coletivo. Coisa que eu NUNCA vi acontecer em um domingo. Ou os horários dos veículos na prefeitura estão totalmente errados ou os fiscais desta linha estão fazendo um serviço de porco.

O número de protocolo da minha reclamação é 10588507, disseram que foi passado para a SPTrans e que eles tem até 20 dias (um absurdo, diga-se de passagem) para dar uma resposta para o ocorrido. Peguei todos os horários de ônibus desta linha a partir das 21h de sábado e domingo. Caso ocorram mais atrasos durante estes 20 dias, haverão mais reclamações. Tenho andado de saco cheio de algumas coisas que andam acontecendo em serviços públicos e privados e vou reclamar até conseguir uma satisfação, que é o mínimo.

Recapitulando:

– O telefone 156 é gratuito, 24 horas e pode ser usado para fazer reclamações sobre qualquer serviço sob responsabilidade da Prefeitura de São Paulo. Eles te pedem nome completo, endereço (com CEP), telefone, RG e um e-mail. Caso na hora da reclamação você não tenha como anotar o número do protocolo, é possível ligar mais tarde e recuperar este número através de seus dados;

– Todo ônibus tem horário certo para passar. Sim, eu sei que com o trânsito da cidade isto nem sempre pode ser cumprido, mas deveria. Se você ligar no 156 e pedir os horários dos ônibus de alguma linha, eles são informados e, segundo o atendente, DEVEM ser cumpridos.

Fica aí a dica sobre como agir nestes casos e aguardem novidades sobre este caso!

Brainstorm – Cada Vez Pior

Estava eu fazendo uma resenha, mas após um papo no Gtalk com um amigo de longa data regado a muito conhaque, não estou em condições de fazer um texto respeitoso sobre um livro que possui mais falhas do que méritos. Porém, como diria Spider Jerusalém, meus testículos de escritor estão fervendo, então vamos dar vazão ao que está querendo sair da minha cabeça.

(sim, seus punheteiros de merdas, eu sei que o bom e velho Spider disse  “jornalista” e não “escritor”, mas vocês entenderam, porra)

Caralho, como eu errei no primeiro parágrafo do texto. Fiquei um bom tempo corrigindo os erros. Só os deuses sabem o tempo que vou passar corrigindo este parágrafo e os próximos para amanhã constatar que perdi tempo inutilmente tentando corrigir coisas que escapam à minha mente ébria. Foda-se. Vamos prosseguir.

(…)

Acabei de virar um bom gole de uma caneca que estava vazia. Caneca esta que tem com tema o acima citado Spider Jerusalem. Ciclos, ligações, insigths, coincidências, sincronicidades. Liguei meu Atrator de Sincronicidades há muito tempo e vira e mexe eu esqueço de desligar . Aí temos um monte de fatos aleatórios formando um padrão que pode ser real ou puro fruto de uma droga legal. Julguem por si mesmos.

(coçando a barba e tentando formular ideias que não conseguirão trilhar todo o caminho entre meu cérebro e as pontas dos meus dedos)

Aí você vai mijar e encontra uma barata. Rola aquele papo maneiro com um de seus Totens Animais e tudo faz sentido. Elas realmente estão em todos os lugares e todos os tributos feitos estão sendo devidamente retribuídos. A tatuagem não pode passar deste ano. Elas fizeram a parte delas. Tenho que fazer a minha.

(…)

Eu sou o Rei Calango e eu posso fazer o que eu quiser.

(…)

Aí uma stripper nerd te pergunta se está drogado. O quão bizarro é isso? Ouvir Doors sempre abre portas quando estou chapado, por mais clichê que isso possa parecer. Já acessei tantas coisas ouvindo esse álbum que não duvido que o simples ato de apertar “play” já foda com tudo.

(…)

Acabaram de me chamar divindade e de me cobrar uma dívida. Porra… Também chamaram de doente e me pediram dicas de auto-ajuda. Não sei se fico feliz ou ofendido.

(…)

Essa merda de mouse tá zoado e dá duplo-clique sem eu querer. Os mouses do trampo dão o mesmo problema. Malditos gremlins.

(…)

Mais uma vez eu comprovo que nada que preste sai quando estou muito louco. Critiquem o texto à vontade nos comentários. Foda-se.

 

 

HQ nacional nova na área: Gemini 8!

2011 foi realmente um belo ano para o mercado e autores brasileiros de HQ. São inúmeros artistas trabalhando para o mercado internacional em grandes títulos, artistas faturando prêmios, grandes editoras nacionais investindo em quadrinhos e uma enxurrada de lançamentos independentes.

Quando a editora Abril passou o direito de publicação dos títulos da DC Comics para a editora Panini em 2002, muitos acharam que a Abril estava praticamente encerrando seus investimentos no ramo, ficando apenas com os gibis da Disney. Foi com grande surpresa e alegria que no ano passado vimos a volta da editora ao ramo de super-heróis.

Aparentemente com um foco em leitores mais jovens e ocasionais, foram lançadas revistas com as versão em quadrinhos dos desenhos animados do Superman, Batman, Jovens Titãs e Liga da Justiça. Todas com histórias fechadas em sua maioria e traços que lembram as versões animadas.

E, confirmando seu foco nos leitores mais novos, 2012 começou com uma TRÊS lançamentos produzidos totalmente no Brasil: “Gemini 8,” “UFFO – Uma Família Fora de Órbita” e “Garoto Vivo na Villa Cemitério”. Já consegui colocar as mãos nos três, mas hoje vou falar somente sobre o primeiro.

Com um traço estilizado que me lembrou bastante “As Meninas Superpoderosas”, um roteiro dinâmico e muito bom humor, “Gemini 8” nos apresenta Marco, um garoto guloso, curioso e que vive se atrasando para a escola. Em um dia que era pra ser como qualquer outro, ele é misteriosamente sugado por um portal e vai parar em Gemini 8, um planeta habitados por seres praticamente humanos (exceto pelas cores de cabelo exóticas) e muito avançado tecnologicamente.

Marco descobre que foi parar em outro planeta devido às experiências desastradas de Polo, um jovem cientista que usa secretamente o laboratório de sua escola. Resta agora ao cientista atrapalhado arrumar um jeito de levar o “extrageminiano” (ou EG) de volta para casa.

Para complicar ainda mais a situação, os garotos Órion e Ned, típicos valentões que insistem em pegar no pé de Polo, ficam desconfiados de que ele está escondendo algo e passam a persegui-lo mais ainda. E como se isso não fosse confusão o suficiente, temos a Diretora Urânia e sua cadeira-robô, além de suas ordens absurdas para colocar os alunos na linha.

E para manter a molecada ocupada até a próxima edição revista, temos ainda um jogo no site da editora onde você pode ajudar Polo a levar Marco pra casa através da Máquina de Dança. Vai jogar sozinho ou vai fazer uma competição com seus amigos?

Criado por Celia Catunda e Kiko Mistorigo, a primeira edição de Gemini 8 tem roteiro de Marcela Catunda, desenhos de Ricardo Sasaki, arte-final de Leonardo Carpes e cores de Fernando Ventura.

Parabéns à Abril Jovem pela iniciativa e que venham as próximas edições!

BABACA DA SEMANA – Eduardo Alves

QUEM É

Político brasileiro, Henrique Eduardo Alves é deputado federal pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) pelo Rio Grande do Norte e atual líder do partido na Câmara dos Deputados.

Formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, disputou sua primeira eleição como deputado federal em 1970. Concorreu à prefeitura de Natal duas vezes, mas perdeu. Tem NOVE mandatos consecutivos como deputado. É líder do partido na câmara desde 2007.

Já não bastasse isso, é ainda um dos proprietários do Sistema Cabugi de Comunicação, conglomerado que possui, entre outros, a TV Cabugi (filiada á Rede Globo) e a Rádio Globo de Natal. Ainda é presidente do jornal diário Tribuna do Norte.

PORQUE É UM BABACA

Existe um órgão chamado Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contras às Secas), que em tese serve para combater a seca e é vinculado ao Ministério da Integração Nacional. Mas  desde de 1982 esse órgão não faz nada de útil (como a seca no sul do país prova este ano) e acaba sendo mais um espólio para partidos da base aliada do governo colocarem seus indicados em troca de verbas e ajuda em votações importantes.

Quem chefiava este órgão era Elias Fernandes, apadrinhando político de nosso querido Eduardo Alves. Acontece que a Controladoria-Geral da União apontou desvios de verbas de obras sob responsabilidade desde órgão no valor de R$ 192 mil e mais R$ 119,7 mil de prejuízo com pagamento de pessoal. Já não bastasse isso, perceberam que alguns convênios firmados com prefeituras beneficiaram (e muito) somente as regiões onde Eduardo Alves tinha base eleitoral.

Diante de tudo isso, a presidente Dilma se viu na obrigação moral e cívica de exonerar Elias. Eis então que nosso notório personagem da semana, indignado com uma possível demissão de seu afilhado político e perda de poder, solta a seguinte bravata:

“O governo vai querer brigar com metade da República? Com o maior partido do Brasil? Que tem o vice-presidente da República, 80 deputados, 20 senadores. Vai brigar por causa disso?”. Ele ainda deu a entender que, se a exoneração ocorresse, o PMDB poderia deixar a base aliada.

Como assim, senhor Eduardo Alves? Seu indicado no órgão é um corrupto incompetente e ao invés de você mesmo mandar o cara embora, ameaça quem faz o que é certo? Quem disse que o PMDB é “metade da República”? Quem você pensa que é para falar em nosso nome assim, com quem quer que seja? Todo o seu partido vai realmente jogar a aliança com o governo federal para o alto em nome de um corrupto? Menos, meu caro, menos. Acho que o poderzinho que seu partido te deu subiu a cabeça.

Tanto que no dia seguinte às ameças, Elias foi exonerado. Inclusive foi mandado embora mais rápido ainda em função das sandices expostas acima. E o excelentíssimo Eduardo Alves não brigou e nem cumpriu nenhuma das ameaças.

POR TUDO ISSO, EDUARDO ALVES, VOCÊ É UM BABACA.

E como parece que ele vai indicar o próximo nome a assumir o Dnocs, eis os contatos do deputado para que você também diga que ele não está autorizado a falar em nome de metade da República, ou pra chamar o cara de babaca também.

Site oficial

Twitter

Facebook

Página do deputado no site da Câmara dos Deputados



Conhece algum babaca que deveria estar aqui? Mande suas sugestões nos comentários ou pelo e-mail leosias@gmail.com e quem sabe o babaca indicado não seja nossa estrela na semana que vem!

Insectron, a nova coleção da revista Recreio!

Em tempos em que se fala muito sobre como as crianças deixam de ser crianças muito cedo, vemos muitas vezes só as coisas ruins e esquecemos de ótimos produtos que estão aí para divertir de maneira tão legal que a molecada nem percebe que também está aprendendo. E a revista Recreio cumpre muito bem esse papel.

Nos meus tempos de criança, existia a saudosa “Alegria & Cia”, revista que vinha com histórias, jogos, receitas e diversas atividades tipo “recorte e cole”. Ficava horas brincando com essas revistas e toda vez que acho alguma, compro e guardo com muito cuidado e carinho para que meus filhos (quando vierem) possam se divertir o tanto quanto eu me divertia.

Claro que hoje em dia temos muito mais recursos para entreter a molecada e a Recreio acaba sendo não só uma revista, mas uma plataforma integrando revista, site, vídeos no Youtube e sempre com brindes muito legais pra molecada. E foi passando na banca que a coleção Insectron me chamou a atenção, com seu visual claramente inspirado em Tron e uma história misturando insetos e corridas.

Basicamente a trama toda gira em torno do biólogo-inventor Cloromiro, que vive na cidade futurista de Velocity. Ela é constantemente atacada por mosntros e para combatê-los ele desenvolveu os Insectrons, seres alterados através de genética e robótica. Ajudado por seus filhos Dario e Selene, o cientista tenta melhorar suas invenções ao mesmo tempo em que combate os monstros comandados por Hera Sinistra, um Insectron que se voltou para o mal!

Além dos bonequinhos, revista e do site, tem diversos vídeos no Youtube com curiosidades sobres insetos. Achei um sobre meu inseto favorito: a barata!

E também tem um concurso cultural com um gerador de tiras!! Fiz uma pra testar, hehehehehe…

Agora serei obrigado a passar toda quinta-feira na banca e ver onde vou guardar mais esse tanto de brinquedo.

O Fim da Zona de Conforto e a Orkutização do Nazismo

(Ou Porque eu Defendo as Vaias em Shows)

Mulheres denunciam maus tratos por homens de maneira organizada? Feminazis! Homossexuais se organizam para reivindicar igualdade de direitos? Gayzistas! Fica incomodado porque as o escrevem errado na Internet? É um Gramar Nazi! Não gosta de axé e vaiou a apresentação da Cláudia Leitte no Rock In Rio ou criticou o show no Twitter? Você pode estar sendo nazista!
É isso mesmo. Eis a exata frase de cantora Cláudia Leitte em seu blog: “Não gostar de Axé é normal! Anormal é achar-se superior porque conhece John Coltrane ou porque adora o Metallica. Procurem no Googlesobre a história de um ariano que se achava superior aos judeus…”. Tudo isso porque ela deve ser irritado muito com os comentários negativos de várias pessoas em relação à sua apresentação, por mais que ela não queira admitir.

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Lançamento do livro “Vagabundo sem nome”!

Dando mais uma amostra de vasta influência cultural deste blog e do profundo esforço intelectual dos autores do mesmo, o nosso querido Agostinho Rodrigues Torres (vulgo Agrt) lançou no última dia 16 (estamos no mês de setembro do ano de 2011, caso esteja acessando este blog após o fim do mundo em 2012) o seu romance “Vagabundo sem nome” e posto abaixo dois vídeos dele comentando sobre o que fala sua obra e do processo para escrevê-la.

Parte 1

Parte 2

Parabéns e ficamos na espera de quando vai vender pro país todo, né?

PS: Agradecimentos especiais ao Vinícius pela filmagem!!

“Justice League 1” é um “foda-se” para os nerds reclamões

Claro que eu também fiquei muito pé atrás quando a DC Comics anunciou que iria recomeçar todas as suas revistas a partir do número 1, com seu universo ficcional recomeçando junto. Claro que fiquei mais pé-atrás ainda quando alguns nomes como Rob Liefeld foram anunciados como participantes do chamado “reboot”. Vieram à tona tópicos como “heróis mais jovens”, “novos uniformes”, “reformulações de origens” e a cada anúncio que via me parecia que a DC estava fazendo uma baita cagada, jogando anos de cronologia e mitologia próprias em uma tentativa desesperada de recuperar vendas. Porém eu pensava “se ficar divertido, qual é o problema?”.

De lá para cá as propostas foram sendo apresentadas e algumas me chamaram a atenção. Mesmo já afirmando que a fase “sitcom” da Liga da Justiça Internacional acabou, gostei da idéia de um grupo de heróis do mundo todo formado pela ONU em uma resposta “oficial” a “outra” Liga da Justiça. Tudo indica que a nova revista do Capitão Átomo abordará um lado mais “Dr. Manhattan” do personagem. A Mulher-Maravilha e o Monstro do Pântano estão propondo-se como HQs de terror. Ainda teremos uma visão da época medieval do Universo DC em “Demon Knight” e como eram Gotham City no Velho Oeste em “All Star Western”. Um guia sobre todas as novas publicações pode ser lido nesta ótima matéria do Universo HQ.

Outro fato que marcou nesta iniciativa da DC foi que as edições em papel e digitais seriam vendidas simultaneamente, permitindo assim que qualquer pessoa do mundo possa comprar as revistas em formato digitais assim que elas saem nos EUA. Mas não é esse o foco deste texto.

Então foi lançado o número 1 da nova Liga da Justiça. O lançamento em si foi um sucesso de marketing (não se sabe sobre vendas ainda), com fãs fazendo filas madrugada adentro em comic shops, pessoas fantasiadas e presença de editores, desenhistas e autores. O próprio reboot em si conseguiu repercutir fora da mídia especializada, ou seja, chamou a atenção de todo mundo.

No dia seguinte ao lançamento, já estava circulando pelo Internet a nova HQ da Liga da Justiça. Fui baixar praticamente uma semana depois. Acabei de ler. E gostei.

Resumindo a trama: Batman está perseguindo um meliante pelas ruas de Gotham quando descobre que ele na verdade é um alienígena. Neste momento surge o Lanterna Verde atrás do mesmo ser, mas a criatura escapa deixando atrás uma evidência que nenhum dos dois consegue analisar. Então eles partem atrás do único alienígena que conhecem: o Superman. Em meio a isso temos um vislumbre de um mundo que ainda tem os recém-surgidos “super-heróis”, Hal Jordan e Clark Kent nitidamente arrogantes e deslumbrados por ser quem são e Batman analisando e reclamando de tudo. Sem contar que as pistas deixadas pelo alienígena não deixam dúvidas sobre quem é o grande vilão das primeiras histórias: Darkseid.

É uma leitura rápida, divertida, didática. Geoff Johns fez um roteiro ágil e Jim Lee mandou bem na arte sem aqueles exageros que vi em “All Star Batman”. Mesmo quem nunca leu uma HQ da DC entenderia facilmente a trama. Se a idéia da editora é trazer novos leitores e fazer a molecada voltar a se interessar por quadrinhos, o tom pareceu certo. Muitos blogs desceram a lenha na trama rasa e caracterização clichê, mas vale lembrar que a DC não pensou em você leitor com mais de 25 anos que compra encadernados e lê scans e sim no povo mais novo que deixou de ler porque era “chato e complicado”. Tenho plena certeza de que se essa HQ fosse transposta para um desenho animado muitos dos que estão reclamando iriam adorar.

Uma das grandes reclamações foi o Superman ter partido para a briga com o Lanterna Verde e que o Azulão não é bem assim. Mas esses são os mesmos caras que reclamam que o Superman é chato por ser extremamente certinho! Agora pensem comigo, você é um cara super poderoso em início de carreira, mal saído da adolescência e surgem na sua frente dois caras fantasiados querendo te intimidar do nada, o que você faria? Eu mesmo sairia dando porrada em todo mundo!  Aí quando o Superman faz exatamente isso, reclamam.

De tudo o que eu vi do reboot da DC até agora, a única coisa que tinha me deixado puto foi a “Liga Da Justiça Sombria”, com o pessoal místico da DC combatendo ameaças sobrenaturais e uma imagem de John Constantine soltando raios pela mãos. Mas depois de ler o número 1 da Liga da Justiça e saber que o roteirista da Liga Sombria é o Peter Milligan, acho que posso abrir mãos de algumas coisas em troca de uma boa diversão, não?

O PLANO – FASE I – COMEÇA A GUERRA!

Acredito que não seja surpresa para ninguém que eu e meus colegas de blog apoiamos o conceito por trás do grupo Anonymous e suas infinitas abordagens e aplicações.

Então venho usar deste espaço para fazer a minha parte novamente e divulgo este vídeo com uma explicação da fase um do plano de um ano que elaboraram para mudar de verdade algumas coisas por aí.

Antes de fechar esta aba do seu navegador, perca 10 minutos do seu dia vendo o vídeo que verá que o que pedimos e tão brilhantemente simples que você se sentirá tentado a colaborar conosco.

V.V.V.V.V.