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Lançamento do livro “Vagabundo sem nome”!

Dando mais uma amostra de vasta influência cultural deste blog e do profundo esforço intelectual dos autores do mesmo, o nosso querido Agostinho Rodrigues Torres (vulgo Agrt) lançou no última dia 16 (estamos no mês de setembro do ano de 2011, caso esteja acessando este blog após o fim do mundo em 2012) o seu romance “Vagabundo sem nome” e posto abaixo dois vídeos dele comentando sobre o que fala sua obra e do processo para escrevê-la.

Parte 1

Parte 2

Parabéns e ficamos na espera de quando vai vender pro país todo, né?

PS: Agradecimentos especiais ao Vinícius pela filmagem!!

Supergods: O que um careca escocês pode nos ensinar sobre quadrinhos?

Se você pegar o encarte de Supergods, o primeiro livro do escritor Grant Morrison, vai encontrar a seguinte citação de Stan Lee: “Grant Morrison is one of the great comic writers of all time. I wish i didn’t have to compete with someone as good as him” se Jack Kirby estivesse vivo, provavelmente diria: “cai dentro!”, mas a verdade é que sem Lee ou Kirby, não existiria Morrison, ao menos não da forma como conhecemos.

Supergods é a primeira empreitada do escocês careca na literatura convencional, neste livro, o mesmo busca desenvolver – sem pretensões acadêmicas – suas visões profissionais, ideológicas e espirituais sobre o meio, analisando o espírito de cada época assim como desenvolvendo um paralelo biográfico.

O livro começa no início do século passado, no auge dos males daquela época, a Grande Depressão, a Bomba e a sombra de Adolf Hitler pairando sobre a Europa e assim Morrison toma seu tempo para explicar, de forma empolgada e eletrizante, o advento do Super-homem e o início da Era de Ouro das HQs.

Logo de cara, podemos detectar a principal falha do livro, a constante perda de fôlego que Morrison exibe em sua dissertativa, capítulos como “The Sun God and The Dark Knight” ou “Superpop” apresentam não apenas um nível alto de argumento, como também humor e atmosfera, mas em compensação, em demais outros, o escocês patina, como se entrasse em um modo automático, preenchendo lacunas até chegar em um ponto mais pertinente.

É espantosa a intimidade do autor com o meio, conhecendo a essência criativa por trás das principais obras e as motivações dos escritores e desenhistas da época, Morrison inclusive, trata com carinho períodos “negros” da indústria, como a Era de Prata, enfatizando o esforço criativo da época em contornar ou criticar o Comics Code Authority.

Interessante analisar como Morrison “distribui” a culpa dos eventos que levaram à Era de Prata, não apenas evidenciando de forma sardônica certos sentimentos enrustidos de Frederic Wertham, autor do controverso “Sedução dos Inocentes”, onde argumenta que a degeneração moral da juventude norte-americana se encontra, em partes, nas HQs.

Assim como a indústria de HQs na época, incapaz de realizar uma contingência de reação perante a opinião pública e o próprio declínio criativo dos artistas da época.

Entre os capítulos mais louváveis dessa fase, é “Shamans of Madison Avenue” e o surgimento de New Gods por Jack Kirby e o início da “meta-espiritualidade” nas HQs e “Brighest Day, Blackest Night” onde Dennis O’Neil em Green Lantern/Green Arrow evidenciou as inquietações sociais americanas e mostrou o quanto isto era contraditório à proposta do CCA.

Para os leitores atuais, é engraçado perceber como Morrison evita comentar sobre a Marvel Comics, como se o autor – por uma série de razões até mesmo editoriais – se sentisse desconfortável para comentar sobre a editora concorrente.

Claro, o livro não deixa de dar mérito pra importância de títulos como Fantastic Four, Spiderman e Captain America, mas como o próprio Morrison afirma em suas notas biográficas, ele achava que os títulos da Marvel tinham uma certa dose de realidade que ele considerava intragável para sua infância.

E o mesmo reconhece que foi em Stan Lee, que surgiram diversas das suas inspirações, como a idéia de trabalhar metalinguagens em trabalhos como Animal Man e Doom Patrol na DC/Vertigo.

A parte biográfica é um show a parte, e em diversos momentos considerei mais atraente que a própria proposta do livro, desde sua infância pacata em Glasgow, o crescente tédio na adolescência, o divórcio de seus pais e sua inevitável empreitada no mercado editorial, assim como o início da fama, com Zenith na 2000 AD, seu contato com as drogas, o vegetarianismo, as experiências lisérgicas e sua primeira crise existencial, há quase duas décadas atrás.

Claro que o livro reflete os maneirismos criativos de Morrison, a relação entre espiritualidade e cultura pop é amplamente explorada, exemplos como o dualismo Apolo/Dionísio entre Superman/Batman, a questão de símbolos e palavras mágicas e ai o mesmo argumenta que Captain Marvel, ao pronunciar “SHAZAM”, se tornou o primeiro grande xamã da ficção moderna.

A verdade é que, tirando suas discussões sobre a Era de Ouro e de Prata, se o leitor conhece a obra recente de Morrison, então pouco sobra do livro, em muito, o livro é considerado um manifesto em prol da edificação do arquétipo super-heróico.

Na terceira parte do livro, Morrison prefere chamar a “Era Moderna”, iniciada por Frank Miller e Alan Moore como a “Era das Trevas”, onde se deu início a uma obsessão pelo “realismo” nas histórias, trazendo o vício insalubre que ficou conhecido pela crítica como “grim n’ gritty”

Morrison condena o “realismo” por duas instâncias: primeiro, pois ele é fruto de uma mente adulta e limitada pelas vicissitudes do cotidiano adulto, e que, por fim, o mesmo não passa de um exagero de violência e repreensão sexual que visa não transformar as histórias em algo real, mas sim “desmoralizá-las”.

E ai o escritor reforça sua crítica em cima de “Watchmen”, onde de forma ambígua, elogia o esforço criativo de Alan Moore em talhar sua história em uma “perfeita simetria”, mas condena a obsessão do barbudo com suas personagens, deixando bem claro que “realismo” não é sinônimo para “fatalismo”, “humanizar” personagens não é o mesmo que “humilhar”.

Alguns fóruns acusaram que o livro, levando em conta a recente reformulação do Universo DC, se tornou um golpe publicitário, é importante frisar que Morrison tem dado uma série de entrevistas sobre o futuro criativo da editora, roteirizando três dos personagens mais importantes da editora, a famosa “trinidade” composta por Superman, Wonder Woman e Batman.

Em diversos momentos, Morrison argumenta a inspiração popular, quase socialista do Superman de 1938, assim como os fetiches BDSM de William Moulton Marston, o escritor original de Wonder Woman, idéias que ele afirmou que vai retomar e por em prática em trabalhos futuros.

Não é mentira que a ascensão do escocês tem causado incomodo no público e na mídia, vamos ser sinceros quanto a um ponto, Grant Morrison é um nerd que vive seus quinze minutos de fama, com livro e documentário, onde muitos optariam por sofrer uma “síndrome do undeground”, Morrison busca através dessa visibilidade dar uma projeção maior a seus projetos e idéias.

Supergods é o início do que pode ser o “próximo passo” do mercado de HQs, da mesma forma que Kirby, Lee, O’Neil, Moore, McFarlane e tantos outros contribuíram com o futuro do meio, só o tempo poderá nos dizer sobre o êxito dessa empreitada.

Ficam aqui meus votos para o fim dos anti-heróis carrancudos e a volta das capas esvoaçantes e heróis sorridentes, assim como no passado, esses são tempos em que mais do que nunca, precisamos deles novamente.

Resenha: Lobão 50 anos a mil

O primeiro contato que tive com a colossal obra musical erigida por Lobão ao longo de seus mais de 30 anos de carreira foi no segundo ano do ensino médio, através de um colega da escola. Por volta dessa época, eu ouvia poucas bandas e apenas coisas estrangeiras: Led Zeppelin, System of a Down, Nirvana, Pink Floyd e etc., então não via com bons olhos a produção local. Talvez porque como sou nordestino o forró sempre foi algo maciço nas rádios e nas festas, enquanto na TV só via o lixo musical produzido em todo território nacional.

Esse colega – que depois se tornaria um grande amigo no terceiro ano -, se chama Márcio e desde os seus 15-6 anos já era uma espécie de Neal Cassady! Um verdadeiro Adônis de Denver – ao menos em pose -, como comentava Allen Ginsberg no poema “Uivo”. Ele gostava de coisas estranhas, um dia me botou pra ouvir um cara que a princípio achei totalmente desafinado, mas que no fim da música havia me deixado completamente embasbacado! A letra era de amor e mesmo assim forte, pulsante, sincera, violenta, não sei direito o quê, um turbilhão de sensações passaram pelo meu corpo, e entendi que não era desafinação, era o modo próprio do cara cantar! Eu havia sido apresentado ao Lobão, com a música “Essa noite, não”.

Depois disso me tornei um fã e admirador de toda a discografia do Lobão e acompanhava todas a polêmicas que ele causava no mainstream brasileiro. Recentemente ele lançou sua auto-biografia, num volume imenso com mais de 500 páginas! É uma leitura interessante pra quem quer entender o cenário do rock progressivo brasileiro no fim dos anos 70, ver como eram os bastidores do rock-pop nacional e principalmente, é claro,  entender a versão do Lobão sobre a influência dos acasos da vida na formação das suas músicas.

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Sempre vi Lobão como um punk nato, mesmo com seus discos de samba-rock que eu já havia escutado. Pois bem, descubro na biografia que Lobão na infância era caretíssimo e manteve isso até mais ou menos uns 15-6 anos! E outra, ele era um proto-hippie que fazia uns progressivos legais numa banda chamada Vímana, composta pelo Ritchie (garoto “menina-veneno” pra quem não sabe), Lulu Santos e no teclado e baixo ex-integrantes do módulo 1000. Além disso o tecladista Patrick Moraz (ex-Yes, uma das bandas mais conhecidas da época) que quis se juntar a banda em projetos que acabaram levando a dissolução do grupo e o retorno de Moraz à Europa.

Em outra época eu ficaria assustado com os rumos que Lulu Santos e Ritchie tomaram na música, no entanto não tenho mais 15 anos e sei que as pessoas podem mudar completamente. Foi este o caso… Lobão na biografia diz que ficava impressionado com a velocidade e técnica de Lulu Santos na guitarra, quem diria isso dele nos dias de hoje? Aliás, a 10 anos atrás enquanto rebolava na TV? Pois é.

Ficamos sabendo no livro que Lobão fez sua mãe fumar maconha quando estava em depressão… que bateu com um violão no pai o deixando completamente ensangüentado, porque o pai o estava prendendo, lhe deu um soco na cara e queria arrumar mais confusão. Esse episódio é um típico ritual de passagem (como ele mesmo diz no livro), porque o pai está puto com o filho por ele não ter se tornado aquilo que ele imaginava, e o filho puto com o pai por ter maltratado sua mãe (ele a estava traindo), sua irmã e a si mesmo.O pai o expulsou de casa, ele só entrou lá pra pegar os violões… então seu pai o surpreende quando saia do banho lhe dando um soco covarde. Lobão ainda tem tempo de escolher entre o violão com cordas de aço ou o de nylon, quebrando um deles (o que menos lhe interessava musicalmente) no pai até deixá-lo acabado no chão. Talvez vendo assim pareça algo absurdo, mas lendo na biografia é como uma cena passando na nossa frente e entendemos mais ou menos porque ele fez aquilo, se não fizesse, ficaria preso em casa psicologicamente frágil para sempre. Seria um “virgem existencial”, como o próprio Lobão costuma dizer.

A biografia é cheia de fatos interessantíssimos sobre a formação do cenário de pop-rock BR. Passam pelas descrições do Lobão: Ultraje a Rigor, Cazuza, Bnegão, Gang 90, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, e ainda o confronto entre a galera de Brasília e a do Rio, enfim, mostra muita coisa sobre o desenvolvimento desse tipo de música por aqui. Os festivais e shows que viu ou participou junto com O Terço, Os Mutantes, Raul Seixas, do próprio Vímana, Módulo Mil, Julio Barroso entre outros. Ah! Só pra titulo de nota: o rock progressivo foi assassinado pela força do punk, ao menos é assim que descreve Lobão e desta maneira está justificado porque o Vímana acabou decaindo… o ex do Yes voltou da Inglaterra desolado: Sex Pistols e Ramones haviam demolido o rock rocócó e substituíram pelo punk.

O próprio Lobão mudou muito, começou com um pop-rock descarado, passou por uma fase mais pesada que estava atrelada diretamente a sua prisão lá pela segunda metade dos anos 80. Foi nesta fase que produziu o “Vida Bandida”, seu disco de maior venda! Na época ele havia sido preso de forma injusta por carregar quantidades irrisórias de maconha e cocaína. Foi este fato também que o elevou no imaginário popular a um estereotipo que existe até hoje: Lobão é drogado, homosexual aidético e imbecil. Minha mãe mesmo ao me ver lendo uma biografia com a cara do Lobão estampado na capa disse: TÚ TÁ LENDO ESSE DROGADO! RUM UM! (mal sabe ela que leio caras mais barras pesados que o Lobitcho)! Depois da prisão Lobão ficou amigo de traficantes nos morros do RJ, visitava muito as áreas e tal, até tentou organizar uma invasão do morro ao Palácio da Guanabara, mas os traficantes estavam muito divididos, em rixas internas, então amarelaram. Tem uma cena fantástica no livro, que é quando os policiais entram na favela e o Lobão estava tocando um sambinha com os chefes do tráfico por lá, rola bala pra tudo que é lado e alguém lhe dá uma pistola, Lobão sai atirando pra tudo que é lado e se esconde dentro de uma casa de uma conhecida. Ele disse que foi uma das maiores sensações da sua vida, mas que depois ponderou e viu que ele era artista e não traficante… então abandonou aquela prática de sentar em mesa com traficante e etc. Claro que ele também fala que tinha policial que chegava no morro e faltava pedir bença pro líder do tráfico… isso é de praxe.

Um disco que me marcou muito foi “Sob o sol de parador”, e Lobão o gravou nos EUA enquanto sob habeas corpus fugiu de uma possível revogação do privilegio! No livro tem explicado de forma mais clara porque ele fugiu. Em suma, estavam o julgando pela imagem de drogado e inconseqüente que foi criada em cima de seu nome e era debatida nos jornais, e não pelas suas atitudes em si. Consideravam que ele era um mal exemplo pra juventude e deveria ser punido como exemplo. Lobão era réu primário e as quantidades de drogas apreendidas o enquadravam em consumo e não em tráfico, mas isso não impediu que fosse preso por uns 3 meses, com a pena real de 1 ano. Esse disco tem uma levada punk pesada e umas letras politizadas pra caralho! Era um outro Lobão, não pior ou melhor que os da fase posterior, apenas diferente. Nas fases pós-rock in rio, ele se preocuparia mais com questões de transcendência, poética e de amor, e não algo exatamente social, se voltaria para o humano, pro individuo e não mais pro coletivo.

Sob o sol de parador pra mim é da mesma qualidade que O rock errou (disco que chamou atenção da crítica e o elevou ao nível de um roqueiro tão bom quanto os de fora do Brasil) e Vida bandida, mesmo que cada um bem diferente do outro. Além disso existe o disco de samba-rock Cuidado que sinceramente, nunca consegui ouvir completo de tão chato que achei, junto com O inferno é fogo… já o samba-rock de Nostalgia da Modernidade é de outro nível. É complexo, é tocante, é simplista e universalmente humano, tudo de uma vez só, é um dos discos mais fodas da fase pós-rock in rio do Lobão.

No Rock In Rio I, chamaram Lobão pra tocar, mas semanas depois cancelaram o contrato sem lhe dizer o motivo. Okay. Na segunda edição do evento Lobão já era um “roqueiro” bem conhecido e polêmico, comia criancinhas… dizia o Diogo Mainard na Veja de uma forma mais polida. Então foi convidado e ele mesmo fez questão de se apresentar no dia do Heavy Metal! Pois bem, ele iria entrar com a bateria da mangueira e sabia que a galera shiita do metal ia ficar doida de raiva, por isso pediu um palco de uns 24 metros de altura… tudo combinado, acataram seu pedido e ele ensaiou no palco certinho. No dia do show haviam contratado em cima da hora o Judas Priest, que entrava de moto na apresentação, eles tocavam antes do Lobão e… o palco que havia sido montado a 24 metros foi reduzido a uns 7 metros (se não me engano ou eram 14), e era bem exprimido, um palquinho dentro do palcão e bem mais baixo! Quando Lobão viu aquilo já estava na hora da sua apresentação, sem dúvidas ele deve ter pensado “FUDEU”, mas resolveu entrar e tentar tocar, depois de brigar com todo mundo da organização. Pois bem, o resultado foi a galera jogando lata cheia de areia, moeda e o que tivesse por perto na banda:

É bom deixarmos claro, que pelo que mostram as imagens, havia um grupo maciço de pessoas que gostavam da apresentação do Lobão. No entanto a linha de frente era dessa galera que gostava de heavy metal mais do que do próprio cérebro ou alma, e fizeram essa cagada histórica!

Depois disso Lobão reviu suas atitudes completamente quanto a música, ele já não era um roqueiro no sentido tradicional do termo (estranho “rock” ser tradicional… mas não é? Se for levado ao pé da letra, como um certo estilo sonoro dentro de padrões, é algo tradicional, mas se for uma atitude de rejeição à cristalização/status quo (musical e/ou social), como Lobão sempre viu, pode ser algo profundamente fecundo por toda a nossa futura história! Como Lobão disse “ninguém nunca foi mais punk que William Burroughs!), depois disso caminharia mais pra uma experimentação com: samba/eletrônica/rap/MPB.

Sua música continuou fantástica, mesmo que de uma forma totalmente diversa a cada CD. Depois de uma paralização de 4 anos após o Rock In Rio ele volta a lutar pela sua carreira musical, lança CDs de forma independente, vendendo nas bancas. Lutou contra a industrial fonográfica que se aproveitava da falta de numerações dos CDs para lucrar ilegalmente e etc. Manteve sempre seu tom polêmico, embora mais maduro e indo de forma direta ao cerne das questões, não mais esperneando infantilmente como antes.

Uma coisa que me frustrou ao ler, foi não ver NENHUMA descrição das relações homossexuais que em outras situações ele já havia declarado que teve… principalmente com o Cazuza, que em um show no Maranhão (com áudio disponível em algum lugar na internet) ele falou que fez amor loucamente com o Cazuza depois de serem assaltados no seu próprio apartamento. E existem partes incoerentes, principalmente algumas datas, algo compreensível, pois a memória não é algo tão limpa/pura quando se imagina, ela é uma pequena devassa (pra não perder a piada do mês com a Sandy/ TUN TUN PÁ *bateria*) do tempo, escolhe para ficar apenas aquilo que não vá lhe prejudicar lá na frente.

Apesar de ser uma biografia quixotesca em volume e conteúdo, recomendo fortemente para aqueles que têm curiosidade ou paixão pela música brasileira ( ou só pelo Lobão mesmo, já que ele mete pau no rock descerebrado) e por uma personalidade de contestação radical! Lobão é um cara que se reinventou musicalmente a cada CD e vale a pena ser ouvido, tanto em música, quanto em questões mesmo intelectuais! O cara é foda.

Nada mal pra um boçal

(AVISO:  esse é um release de um livro feito pelo próprio autor. Foda-se a imparcialidade.)

E eis que o pior autor desse blog ataca novamente, desta vez em um livro impresso! Concebido em um período de ócio após se desligado de um estágio em um banco, “Tombstone City, A Saga” tinha originalmente a idéia de juntar em um mesmo universo fictício os lugares personagens das músicas da banda de countrycore Matanza, mas a coisa acabou crescendo e virou um épico do faroeste, com direito à quase todos os clichês do gênero. Porém a história não se limita ao faroeste e temos referência a filmes, HQs, músicas, livros, ocultismo outras coisas mais que só uma mente nerd ociosa pode conceber!

Em “TOMBSTONE CITY, A SAGA – TOMO I: A MALDIÇÃO” iremos conhecer a cidade de Tombstone City, destruída pela visita do bando conhecido como Matanza e vítima de uma maldição vinda do próprio Inferno. Eis então que surge um forasteiro disposto a livrar a cidade de seu tormento, mesmo que ela não queira!

Beba do rio de wiskey das fazendas de algodão do Velho Willie! Aprenda a jogar pôquer com o lendário Nigth Rider na prisão de Monte Gringo! Aposte até as bolas no Santa Madre Cassino em um jogo contra o próprio El Diablo de Chee O’Wawa! E que tal uma visita ao próprio Inferno? Tudo isso e muito mais é que irá encontrar na leitura de “TOMBSTONE CITY, A SAGA – TOMO I: A MALDIÇÃO”!

Com capa e prefácio de Marco Donida, ilustrador de guitarrista do próprio Matanza, “TOMBSTONE CITY, A SAGA – TOMO I: A MALDIÇÃO”  encontra-se em pré-venda (com frete grátis e desconto) aqui!

Lei aqui os dois primeiros capítulos do livro!

Caso goste de brigas, vodu, tiros, mulheres seminuas e armadas, perseguições a cavalo e personagens pitorescos, esse é o seu livro!